segunda-feira, 9 de maio de 2011


Queres saber mais...



Em relação às suas actividades e interesses, os autistas são resistentes a mudanças e mantêm rotinas e rituais. É comum insistirem em determinados movimentos, como abanar as mãos e rodopiar. Preferem brincadeiras de ordenamento e têm fascinação por objectos ou elementos inusitados para uma criança.
Costumam preocupar-se excessivamente com temas restritos, como horários fixos de determinadas actividades ou compromissos. Dificilmente brincam de faz-de-conta e quando isso ocorre, limitam-se a acções simples de um ou dois episódios histórias ou programas de TV favoritos.
Apesar de ser dificilmente detectada no primeiro ano de vida, a doença pode se manifestar nesse período, caracterizada por um desenvolvimento anormal. Um dos sinais é a aversão ao colo. Em casos raros, a partir de uma certa idade, a criança entra numa fase de regressão e perde habilidades de interacção social e comunicação adquiridas nos primeiros anos de vida.

Quais as diferenças entre estas crianças especiais?
Com que frequência afecta a população?

Não existe um autismo, existem vários graus, como tal dizemos que existe um espectro de autismo. Desse espectro surgem o Autismo Clássico ou Síndrome de Kanner, a Síndrome de Asperger, a Perturbação Desintegrativa da Infância ou Síndrome de Heller, o Autismo Atípico e Traços de Autismo.
A Desordem de Asperger é o grau mais baixo de autisto, este é caracterizado por sintomas relacionados com a dificuldade de comunicação, socialização e “manias” contudo de forma branda. A criança adquire fala e se alfabetiza, algumas conseguem mesmo frequentar uma escola regular, podendo até concluir um curso universitário. No entanto, apresentam dificuldades para compreender situações sociais mais complexas, como por exemplo, o jogo de sedução, têm também dificuldade para compreender  ironias, metáforas e piadas.
São assim considerados ingénuos para a faixa etária e muitas vezes comportam-se de maneira inapropriada em determinadas situaçoes.
 A criança com Síndrome de Heller sorri intencionalmente, segura a cabeça, pega num objecto, senta-se sozinha, diz as primeiras palavras, anda sozinha, faz os primeiros rabiscos no papel, junta as primeiras palavras, nas idades convencionais.
O Autismo atípico não aparece no início da infância e é uma variante do autismo que pode ter início mais tarde, normalmente entre os 3 e os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e frequentemente apresenta maneiras e padrões anormais de fala.
No Autismo clássico ou Síndrome de Kanner, a criança dificilmente adquire linguagem. Tende a manter o isolamento social e, com frequência, apresenta intensa estereotipia motora e automutilação.    
Nos traços de autismo, a criança apresenta pequenas caracteristicas   de um autista com desordem de Asperger.
Tendo em conta os diversos graus de gravidade, o Autism Society of America considera hoje que 1 em cada 150 nascidos seja portador de autismo e a doença afecta 4 vezes mais os rapazes.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A História do Autismo: Como tudo surgiu...


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Eugene Bleuler

A palavra autismo foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, e era descrita como um dos sintomas da esquizofrenia, sendo considerado uma fuga da realidade.
O autismo foi descrito pela primeira vez pelo médico austríaco Leo Kanner em 1943.


Segundo Kanner as Características do autismo são (1943):

- Um profundo afastamento autista;
- Um desejo autista pela conservação da semelhança;
- Uma boa capacidade de memorização mecânica;
- Expressão inteligente e ausente;
- Mutismo ou linguagem sem intenção comunicativa efectiva;
- Hipersensibilidade aos estímulos;
- Relação estranha e obsessiva com objectos.
Posteriormente acrescentou (1946):
- Fala de papagaio (ecolália)
- Linguagem extremamente literal
- Uso estranho da negativa
- Inversão pronominal

Em 1944, após
Kanner ter publicado o seu artigo, um pediatra austríaco, Hans Asperger, publicava um outro artigo, no qual descrevia um grupo de crianças com características idênticas às de Kanner
, e onde denominou o autismo de síndrome.
 “De inteligência normal, estes rapazes tinham uma dificuldade marcada nas relações interpessoais. Quando se esperava que partilhassem os jogos com outras crianças ou se integrassem numa roda de brincadeiras, eram vistos sozinhos, preocupados de forma obsessiva com o objecto do seu interesse. A linguagem também era peculiar: embora por vezes usassem expressões ou vocábulos muito sofisticados, por outro lado não entendiam os ditados mais comuns ou as metáforas mais óbvias. As crianças com Asperger não compreendiam porque não dizemos o que pensamos, e pensamos o que não dizemos. A entoação era monocórdica sem as flutuações emocionais que dão colorido à nossa voz. As suas coordenações motoras eram tão pobres, que se viam sistematicamente excluídos da participação em jogos colectivos, sem que, de resto, isso parecesse preocupá-los excessivamente. Em momentos de

maior emoção apresentavam movimentos repetidos e estereotipados que lhes conferiam um aspecto bizarro.”

Apesar de as características serem semelhantes, existia um grupo de rapazes reconhecidos por Asperger que tinham níveis de inteligência e linguagem superiores – as crianças com estas características têm síndrome de Asperger.
Contudo, estas observações foram ignoradas até aos anos 70, quando uma psiquiatra americana, Lorna Wing frisou a importância do trabalho de Hans Asperger.A partir daí o reconhecimento e o estudo do autismo cresceu e as suas características foram definidas.


Lorna Wing (1981) definiu a síndrome de Asperger com seis critérios de diagnóstico:

-A linguagem é correcta mas estereotipada;
-Ao nível da comunicação não verbal apresentam: voz monótona, pouca expressão facial, gestos inadequados;
-No que diz respeito à interacção social, revelam falta de empatia;
-Resistem à mudança e preferem actividades repetitivas;
-Ao nível da coordenação motora apresentam uma postura incorrecta, movimentos desastrados e por vezes repetitivos;
-Possuem uma boa memória mecânica e os seus interesses são especiais e circunscritos.

Entre os anos 50 e 60, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do autismo seria da mãe, por esta não dar importância ao filho. Denominou o autismo de «mãe - geladeira» como um rótulo para as mães de crianças autistas.

Em 18 de Dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de Abril como o Dia Mundial do Autismo Em 2008 houve a primeira comemoração da data pela ONU.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Inquérito

Este inquérito foi criado no âmbito da disciplina de área de Projecto do 12ºano, é anónimo e destina-se à recolha de elementos sobre o conhecimento do autismo pela comunidade escolar. As tuas respostas sinceras são fundamentais para o sucesso deste estudo.

  1. Sexo:       Feminino             Masculino
  2. Idade: ______
  3. Ano de escolaridade? 9ºAno   10ºAno  
  4. Avalia os teus conhecimentos acerca do autismo (de 0 a 5)?   _______
  5. O autismo é uma doença a nível: Neuro-fisiológico   Físico Imunológico Não Sei
  6. O autismo é contagioso?  Sim     Não
  7.  Os autistas preferem estar:  Sozinhos      Em multidões
  8. Conheces alguém que sofra de autismo?  Sim     Não
  9. Se respondeste não a pergunta anterior, eras capaz de te relacionar com uma pessoa autista?   Sim     Não
  10. Numa breve resposta, descreve o que é para ti o autismo infantil:





Obrigada pela colaboração, os (In)diferentes.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A criança Autista


Autismo, doença que acarreta dificuldades tanto aos pais como ao autista, os pais que não sabem como lidar com a doença e nao sabem como arranjar informações sobre esta. Temos como missão transmitir informações sobre este problema que afecta algumas crianças que não tem a culpa de assim ser. O que verificamos actualmente não só em escolas como na vida fora dela é que as pessoas tem um pudor em comunicar com estas crianças, tem medo de que essa doença seja transmissivel ou que essas crianças autistas possam ter reacções de pessoas deliquentes. O autista não é nenhum deliquente, é apenas um ser que padece de uma alteração ao nivel dos genes que incapacita-o de comunicar normalmente com as pessoas que o rodeiam. O autista não gosta de assim ser, mas não tem confiança para mudar o seu ser.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Autismo Infantil


O autismo é geralmente associado a uma deficiência mental e os autistas são considerados loucos.
Esta é uma ideia completamente errada. Tentar acabar com este tipo de mitos é um dos principais objectivos deste blogue.
O autismo é uma alteração cerebral que faz com que haja um défice no desenvolvimento das capacidades de comunicação e o autista, por definição, vive no seu mundo, não procura o outro e não aceita bem as alterações da rotina.
É uma doença misteriosa, pois não se conhecem as suas causas nem existe cura, apenas existem tratamentos que permitem a melhoria de quem padece desta doença. Mas a verdade é que quem nasce autista, morre autista.